Redação Pragmatismo
Rio de Janeiro 31/Out/2014 às 11:22 COMENTÁRIOS
Rio de Janeiro

“Justiceiros” que torturaram jovem são presos por tráfico de drogas

Publicado em 31 Out, 2014 às 11h22

“Justiceiros” que torturaram e amarraram jovem em poste são presos por tráfico de drogas; na época, eles foram defendidos pela apresentadora Rachel Sheherazade

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Justiceiros que amarraram jovem a poste no Rio de Janeiro são presos por tráfico de drogas

Oito jovens de classe média alta foram presos na manhã de quinta-feira acusados de associação com o tráfico de drogas no Rio de Janeiro. Segundo a polícia, entre os detidos estavam jovens conhecidos como “justiceiros”, que amarraram um adolescente a um poste no Aterro do Flamengo no final de janeiro e passaram a agredir o rapaz, apontado como autor de furtos na região. As informações são da rádio CBN.

Segundo o delegado Roberto Gomes Nunes, da delegacia do Catete, os jovens detidos praticavam crimes como roubo, furto de automóveis, estupro, além de tentativa de homicídio e associação ao tráfico. “É uma quadrilha e ela anda armada. Alguns desses componentes participaram da agressão a pessoas que cometiam crimes na localidade, inclusive um rapaz que foi preso e amarrado a um poste e esses fatos só vieram para comprovar que eles estariam envolvidos com o tráfico sim”, disse.

Caso justiceiros

O caso dos “justiceiros” teve repercussão após a âncora do “SBT Brasil”, Rachel Sheherazade, legitimar a ação com a seguinte frase: “o contra-ataque aos bandidos é o que chamo de legítima defesa coletiva de uma sociedade sem Estado contra um estado de violência sem limite.”

SAIBA MAIS: SBT é processado em meio milhão por declarações de Rachel Sheherazade

“Aos defensores dos direitos humanos, que se apiedaram do marginalzinho preso ao poste, eu lanço uma campanha: faça um favor ao Brasil, adote um bandido”, disse na ocasião.

Sherazade foi alvo de críticas nas redes sociais por emitir tal comentário que, segundo os internautas, “poderia estimular mais casos semelhantes”. Ela, no entanto, se defendeu, dizendo que foi “intencionalmente” mal interpretada e que não considerou a ação do grupo “aceitável”, mas “compreensível”.

com CBN e Brasil de Fato

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