Redação Pragmatismo
Saúde 12/Set/2014 às 20:07 COMENTÁRIOS
Saúde

165 médicos cubanos irão combater o Ebola na África

Publicado em 12 Set, 2014 às 20h07

Cuba enviará 165 profissionais da saúde para combate ao Ebola na África. Diretora geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) disse que se trata do "mais importante" envio de especialistas à região

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Médicos cubanos foram convocados por “sua longa história de solidariedade” para ajudar a combater o ebola na África (Pragmatismo Político)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta sexta-feira (12/09) que o governo cubano enviará 165 profissionais de saúde para lutar contra o ebola na África Ocidental, incluindo médicos, enfermeiras, epidemiologistas e especialistas em controle de infecções.

“Por sua longa história de solidariedade, Cuba foi um dos países aos quais a OMS e o secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, pedimos apoio para enfrentar este surto”, disse a diretora geral da OMS, Margaret Chan, em declarações à agência cubana Prensa Latina.

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Este grupo, que estará concentrado, incluirá também especialistas em terapia intensiva e agentes de mobilização social. “Isto fará diferença em Serra Leoa”, sustentou Chan.

“Se vamos à guerra contra o ebola, precisamos de recursos para lutar”, disse Chan após o anúncio da colaboração de Cuba, que classificou como o envio “mais importante” de especialistas para a região. Segundo ela, esta contribuição em recursos humanos é “extremamente generosa” da parte do governo cubano e será muito valiosa para conter “o pior surto de ebola vivido até agora”.

A brigada de 165 colaboradores de saúde, formada por 62 médicos e 103 enfermeiras, todos com mais de 15 anos de profissão e experiência em situações de desastres naturais e epidemiológicos. Eles serão enviados a Serra Leoa na primeira semana de outubro e permanecerão ali por seis meses, como informou o ministro da Saúde cubano, Roberto Morales Ojeda.

Combate à epidemia

A epidemia de ebola já provocou mais de 2.400 mortes em países da África Ocidental, 509 delas em Serra Leoa, desde a aparição do vírus no começo do ano, como informou hoje a OMS. Mais de 4.700 pessoas estão infectadas.

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A organização estima que ainda faltem 500 médicos e enfermeiros estrangeiros e cerca de mil profissionais dos países afetados para atuar no combate à epidemia. Também são necessários recursos materais e centros de tratamento nos países atingidos.

A China anunciou hoje que enviará um pacote de ajuda humanitária no valor de US$ 32,5 milhões para os países afetados e organizações internacionais que ajudam no combate ao vírus.

Opera Mundi

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