Redação Pragmatismo
EUA 20/Ago/2014 às 15:31 COMENTÁRIOS
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Jornalista dos EUA é decapitado e Obama diz que resposta será 'implacável'

Publicado em 20 Ago, 2014 às 15h31

Barack Obama confirma decapitação de jornalista dos EUA e diz que será “vigilante e implacável” com os extremistas do Estado Islâmico

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Imagem do youtube mostra o jornalista James Wright antes da execução (Edição: Pragmatismo Político)

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, confirmou que o vídeo divulgado na terça-feira (19/08) pelo Estado Islâmico com a decapitação do jornalista americano James Wright Foley feita pelo grupo EI (Estado Islâmico) é verdadeiro. Durante um pronunciamento feito nesta quarta-feira (20/08), ele classificou o gesto como “brutal” e afirmou que será “vigilante e implacável” com os terroristas, mas não precisou que ações serão tomadas.

O grupo EI (Estado Islâmico), que proclamou um califado em parte do Iraque e da Síria, reivindicou a autoria da decapitação, justificada pela recente intervenção dos EUA no Iraque.

VEJA TAMBÉM: EUA financiaram Estado Islâmico e agora querem dizimá-los

O mandatário garantiu à nação norte-americana que “justiça será feita”. E ressaltou que “não há lugar para o ISIL [antigo nome do grupo] no século 21”. Outro jornalista norte-americano é ameaçado pelo EI: a vida dele “depende da próxima decisão de Obama”, ameaçam.

Decapitação

No vídeo divulgado ontem, Foley se despede da família e acusa o governo americano de ser o culpado de sua execução por conta da recente intervenção no Iraque.

A gravação começa com o discurso do presidente americano, Barack Obama, em 7 de agosto, no qual anunciou o começo dos bombardeios sobre o EI no norte do Iraque, para frear seu avanço rumo ao Curdistão e permitir a assistência humanitária a milhares de deslocados.

Posteriormente, Foley aparece pedindo à família e amigos que se levantem contra as autoridades norte-americanas, sobre quem diz terem sido os responsáveis por colocar “o último cravo em seu caixão” pelos bombardeios no Iraque.

“Desejaria ter mais tempo, desejaria ver minha família de novo, mas esse barco já zarpou. No fim das contas, acredito que desejaria não ser americano”, diz Foley, sereno e vestido com uma roupa laranja em um local desértico não especificado.

Neste momento, o homem encapuzado, em um inglês com sotaque britânico, ameaça os Estados Unidos e garante que “os muçulmanos de todo tipo e condição aceitaram o Estado Islâmico como seus líderes”.

“Qualquer tentativa sua, Obama, de negar aos muçulmanos o direito de viver em segurança sob o califado resultará no derramamento de sangue de seu povo”, diz o jihadista, que aparece segurando uma faca. Em seguida, ele degola Foley.

Opera Mundi

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