Redação Pragmatismo
Rio de Janeiro 04/Fev/2014 às 16:16 COMENTÁRIOS
Rio de Janeiro

Homem vai trabalhar de saia após ser proibido de usar bermuda

Publicado em 04 Fev, 2014 às 16h16

Proibido de trabalhar de bermuda, homem vai de saia. Segundo ele, funcionária passou mal por conta do calor 'desumano'. 'Não é palhaçada, é uma forma de questionar'

Sem ar-condicionado no serviço há pelo menos quatro anos, o funcionário público André Amaral, de 41 anos, usou a criatividade para afugentar o calor escaldante do Rio de Janeiro: trocou a calça comprida pela saia da esposa. A solução chegou a causar estranhamento no porteiro do Centro Administrativo do Estado do Rio, no Centro, que a princípio, tentou barrar André, mas já é um sucesso entre os colegas e também os internautas.

andré amaral saia
André ‘roubou’ a saia da esposa para driblar o calor: sem ar-condicionado no trabalho (Foto: Arquivo Pessoal)

– Já tenho mais curtidas no Facebook do que amigos! Foi tudo simples e rápido de resolver. As pessoas acabam obedecendo regras que não sabem de onde veio. Venho sempre de bicicleta e resolvi simplificar. Estamos sem ar-condicionado e, mesmo com esse calor, o problema não foi solucionado – contou.

Segundo André, até mesmo o coronel da Polícia Militar responsável pelo local teria sido ponderado e sensato. “De saia pode!”, teria dito o militar ao porteiro, permitindo a entrada do funcionário.

Como ainda faltam pelo menos dois meses para o final do verão, as saias podem virar parte do armário do carioca.
– Claro que vou usar novamente! Já tá programado! Estou me sentindo muito melhor, ficava com pressão baixa. Minha esposa emprestou essa, mas gostei tanto que acho que nao vai voltar pra ela não! – brincou André.

Apesar do bom humor, a situação dos servidores do CAERJ não é fácil. Além da falta de ar-condicionado, alguns dos ventiladores comprados em um rateio dos próprios funcionários foram roubados.

– Uma funcionária da minha sala desmaiou hoje e ainda por cima não tinha socorrista. A saia foi uma solução, já que de outro jeito não há condições de trabalhar – relatou.

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