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Revista Veja 29/Ago/2013 às 11:22 COMENTÁRIOS
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Novo Roda Viva vira extensão da Veja

Publicado em 29 Ago, 2013 às 11h22

Programa Roda Viva, da Tv Cultura, vira extensão dos programas apresentados pelo site da revista Veja

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Augusto Nunes da revista Veja é o novo âncora do Roda Viva (Divulgação – TV Cultura)

Com exceção do jornalista Reinaldo Azevedo, que não participou desta vez, foi como acompanhar os debates apresentados no site da revista “Veja” sobre o julgamento do mensalão.

No novo “Roda Viva”, na TV Cultura, mantida pelo governo de São Paulo, estavam lá os mesmos Augusto Nunes, como apresentador, o historiador Marco Antonio Villa, agora como entrevistador, e o advogado Miguel Reale Jr., agora entrevistado.

Ao longo do último ano, os três protagonistas estiveram lado a lado em debates on-line nos quais concordavam quanto ao que deveria ser feito pelo Supremo.

Reale foi apresentado, anteontem, como ex-ministro “no governo Fernando Henrique Cardoso” e ex-secretário paulista. A fase anterior do “Roda Viva”, apresentado por Mario Sergio Conti, chegou a programar entrevistas seguidas com José Serra e FHC, há dois meses.

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A diferença é que ambos foram então minimamente questionados, enquanto Reale se manteve lado a lado com a maior parte das perguntas, antes acrescentando do que respondendo.

Sobre a suposta “pressão da mídia” criticada pelos réus do mensalão, por exemplo, afirmou que teria ocorrido o contrário. “No período entre 2005 e 2012, vendeu-se na mídia a ideia de que eles eram inocentes.” Lembrou “reportagem de ‘Veja’ em que [o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares] estava feliz, fazendo churrasco, dizendo que nada ocorreria”.

No ritmo em que vinha o programa, foi o próprio Reale quem acabou trazendo à tona, por sua conta, o paralelo com o “mensalão mineiro” –que havia sido notícia nos dias anteriores porque ficou para as calendas, no mesmo Supremo.

Mas o fez para afirmar e repetir que não é possível julgar o escândalo tucano da mesma maneira, “é uma coisa diferente, não houve compra de deputado”.

Na mesma direção, o escândalo do cartel em São Paulo foi levantado no final, pelo jornalista Raimundo Rodrigues Pereira, mas a pergunta foi longa e confusa –e a resposta de Reale, curta e genérica, evitando citar Siemens e outras partes.

“Eu creio que o financiamento [eleitoral] não deve ser exclusivamente público, deve ser privado, mas proibindo empresa que venha a ser fornecedora do poder público”, disse Reale.

Além do julgamento do mensalão, os outros focos da entrevista foram o programa Mais Médicos e a fuga do senador e asilado boliviano para o Brasil, temas em que o ex-ministro também se resumiu a reforçar as críticas ao governo federal já presentes nas perguntas.

Registre-se que era o primeiro programa, desfalcado não só de entrevistadores que haviam sido anunciados, mas de entrevistados. Foram convidados, antes de Reale, a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula.

Nelson de Sá, Folhapress

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