Luis Soares
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Saúde 21/Ago/2013 às 10:16 COMENTÁRIOS
Saúde

Remédio do 'futuro' avisa médico quando é ingerido por paciente

Luis Soares Luis Soares
Publicado em 21 Ago, 2013 às 10h16

Medicamento ‘do futuro’ avisa médico quando é ingerido por paciente. OMS afirma que 50% das pessoas não tomam remédios adequadamente

Uma empresa norte-americana criou um medicamento que avisa médicos e familiares quando é ingerido. A tecnologia, desenvolvida pela companhia de saúde digital Proteus, baseada na Califórnia, tem como objetivo ajudar no tratamento de pacientes com doenças crônicas, que precisam tomar remédios regularmente.

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Medicamento ‘do futuro’ avisa médico quando é ingerido por paciente. (Imagem: Reprodução)

– Seres humanos não são robôs e, quando têm de tomar remédios ou fazer outras coisas que requerem muita rotina, sempre acham difícil – diz Andrew Thomson, diretor da Proteus.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 50% das pessoas não tomam medicamentos corretamente, ao passo que 50% dos remédios não são prescritos ou vendidos adequadamente.

A Proteus pretende disponibilizar comprimidos com um sensor eletrônico embutido. Quando o medicamento chega ao estômago, envia uma mensagem a um adesivo colado ao braço do paciente e, de lá, segue em forma de alerta para um celular, tablet ou PC.

Thomson explica que o sensor funciona como uma “bateria de batata”.

– Se você colar um pedaço de cobre e um de magnésio em uma batata e conectá-los, é possível acender uma lâmpada – diz ele.

Segundo Thomson, isso é possível por um princípio da química que diz que dois metais diferentes conectados em uma solução iônica, como a batata, criam uma carga elétrica.

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– O que fizemos foi unir dois minerais presentes na dieta de qualquer pessoa cobre e magnésio, colocá-los em um grão de areia que tem menos de milímetro quadrado e combiná-lo ao medicamento.

Ao ser engolido, o sensor entra em contato com os ácidos gástricos, que são um meio iônico capaz de criar a voltagem necessária para ativá-lo. O chip, então, entra em contato com o adesivo, que também monitora sinais vitais do paciente, como movimento e sono.

O adesivo, por sua vez, envia todas as informações para um aplicativo localizado em um sistema de computação em nuvem que pode ser acessado por profissionais de saúde e parentes por meio de seus telefones e computadores.

A aplicação também controla os efeitos dos remédios, avaliando se a dosagem está correta ou se está surtindo efeito.

A tecnologia está sendo testada na Grã-Bretanha na rede de farmácias Lloyds. Pacientes recebem uma cartela de remédios, sendo que um dos comprimidos contém o sensor.

BBC

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