Redação Pragmatismo
Ciência 05/Jun/2013 às 13:58 COMENTÁRIOS
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Homem descobre aos 66 anos que é biologicamente mulher

Publicado em 05 Jun, 2013 às 13h58

Homem de 66 anos descobre em check-up que é biologicamente uma mulher. Com barba, um pequeno pênis, mas sem testículos, o paciente havia considerado durante toda a vida ser um homem

Um homem de 66 anos que foi a um hospital de Hong Kong aflito com um inchaço no abdômen recebeu uma impactante notícia: ao passar por um check-up, o diagnóstico apontou que se tratava de um cisto no ovário, já que, biologicamente, ele é uma mulher.

síndrome turner homem mulher

(Síndrome de Turner – Foto / Reprodução)

Segundo publicou nesta terça-feira o jornal local South China Morning Post (SCMP), a confusão se deve a uma condição muito rara que é a combinação de dois distúrbios genéticos: a síndrome de Turner e a hiperplasia congênita adrenal (CAH).

A síndrome de Turner leva mulheres a terem algumas deficiências, entre elas, perdem a capacidade de engravidar, e, embora os portadores costumem ter aspecto feminino, nesse caso específico o portador do distúrbio também sofria de CAH, que provoca um aumento dos hormônios masculinos e gera uma aparência masculina.

Com barba, um pequeno pênis, mas sem testículos, o paciente, um chinês órfão nascido no Vietnã, havia considerado durante toda a vida ser um homem, relata a revista médica Hong Kong Medical Journal.

“É um caso muito interessante e muito raro de duas síndromes combinadas. É provável que não surja outro semelhante em um futuro próximo”,conta à publicação o professor em pediatria Ellis Hon Kam-lun.

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Depois de descobrir sua condição no hospital Queen Elizabeth da ilha, o paciente, que prefere manter anonimato, decidiu continuar sua vida como homem e começar um tratamento de hormônios masculinos.

Apenas outros seis casos como esse foram registrados na história médica mundial, mas os diagnósticos foram fornecidos antes.

Condição rara

A síndrome de Turner tem uma prevalência estimada de uma em cada 2.500 ou 3 mil mulheres, e implica ter só um cromossomo “x”, em vez dois, que é o normal.

Seu diagnóstico costuma ser possível inclusive em testes pré-natais, mas a combinação dessa síndrome com o CAH levou o paciente a desconhecer seu gênero biológico até uma idade inédita na literatura médica.

EFE

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