Luis Soares
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Palestina 07/Mai/2013 às 00:59 COMENTÁRIOS
Palestina

Google reconhece Palestina sob protestos de Israel

Luis Soares Luis Soares
Publicado em 07 Mai, 2013 às 00h59

Reconhecimento da Palestina pelo Google pode ameaçar paz, diz Israel. Na última semana, o Google trocou o nome de sua página inicial dirigida a usuários palestinos de “Territórios palestinos” para “Palestina”

google palestina

Onde antes aparecia a frase ‘territórios palestinos’, na página inicial do Google.ps, agora é exibido simplesmente o nome ‘Palestina’, o que indica um reconhecimento, por parte do Google, de que a Palestina é um país independente.

O governo de Israel pediu ao Google que reconsidere sua decisão de adotar o nome “Palestina” para seu buscador no lugar de “territórios palestinos”. Em uma carta enviada ao CEO do Google, Larry Page, o vice-ministro das Relações Exteriores de Israel, Ze’ev Elkin, afirmou que a medida pode minar os esforços para a paz na região. As informações são do site The Verge.

“Essa decisão é, na minha opinião, não só equivocada, mas também poderia interferir negativamente nos esforços de meu governo para trazer negociações diretas entre Israel e a Autoridade Palestina”, afirmou o ministro, dizendo que a medida iria encorajar os palestinos a “continuarem com suas intenções políticas por meio de ações unilaterais e não através de negociação e acordo mútuo”. Elkin pediu ao Google para reconsiderar a sua decisão.

?Na última semana, o Google trocou o nome de sua página inicial dirigida a usuários palestinos de “Territórios palestinos” para “Palestina”. Um porta-voz da empresa afirmou que a decisão foi baseada após consulta a uma série de fontes e autoridades. A Autoridade Palestina saudou a mudança de nome do Google, descrevendo-a como “um passo na direção certa”.

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O status oficial dos territórios palestinos é um assunto polêmico e ainda sem definição. Em novembro de 2012, a Organização das Nações Unidas (ONU) elevou o status da Palestina de “entidade” para “Estado observador não-membro” – medida que teve amplo apoio dos membros da organização, mas sofreu forte oposição dos Estados Unidos e de Israel. Os dois países defendem que a criação do Estado palestino só pode ocorrer mediante um acordo com os israelenses.

com Jornal do Brasil

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