Luis Soares
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Cultura 27/Mai/2013 às 21:24 COMENTÁRIOS
Cultura

A bronca de Machado de Assis com Eça de Queiroz

Luis Soares Luis Soares
Publicado em 27 Mai, 2013 às 21h24

Machado de Assis e Eça de Queiroz: numa crítica e numa dedicatória o romancista brasileiro mostrou o que pensava do rival português

Paulo Nogueira, em seu blog

machado de assis eça queiroz

Machado de Assis (Foto: Arquivo)

Numa crítica e numa dedicatória o romancista brasileiro mostrou o que pensava do rival português

MACHADO E EÇA. Os dois maiores romancistas da língua portuguesa, com uma certa folga. Dom Casmurro e Os Maias estão na lista curta dos maiores romances da literatura mundial.

Foram contemporâneos. Machado tinha uma implicância com Eça. Ela se mostra em dois momentos absolutamente machadianos.

O primeiro é uma crítica que Machado escreve de Primo Basílio, um dos clássicos de Eça. Nele Luiza, infeliz no casamento, é seduzida pelo Conde Vronsky luso, o seu primo Basílio do título. Depois, é chantageada selvagemente pela empregada. A única lição que se extrai do romance, segundo Machado, é que a “boa vontade dos fâmulos” é fundamental para a paz no adultério.

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Fâmulos, como todos sabemos, são empregados.

A segunda bala de Machado aparece na dedicatória a Eça de um livro seu. É a dedicatória mais curta, e mais reveladora, da história: “De Machado de Assis para Eça de Queiroz.”

A jovens jornalistas sempre recomendei que lessem ambos, pedagogicamente, com anotações, para que aprimorassem sua redação.

Só escreve bem quem lê bem.

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