Redação Pragmatismo
Educação 23/Ago/2012 às 14:05 COMENTÁRIOS
Educação

Estudantes de particulares protestam contra Cotas mas erram endereço

Publicado em 23 Ago, 2012 às 14h05

Alunos de escolas particulares protestam contra Lei das Cotas em Brasília. Pelo projeto, metade das vagas para cotistas será destinada a estudantes de escola pública com renda familiar igual ou inferior a 1,5 salário mínimo por pessoa

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Estudantes de particulares protestam em Brasília contra cotas. Foto: Agência Brasil

Cerca de 40 estudantes protestaram na tarde desta quarta-feira em frente ao Supremo Tribunal Federal, em Brasília. Eles pediam que a presidente Dilma Rousseff vetasse o projeto aprovado no Congresso que aumenta para 50% as cotas para alunos vindos de escolas públicas nas universidades federais.

Após algum tempo, percebendo que protestavam no local errado, os manifestantes seguiram para o Palácio do Planalto, no lado oposto da Praça dos Três Poderes. Eles ficaram em frente à sede do governo até por volta das 17h30.

Vestidos de preto e com os rostos pintados, os alunos entoavam gritos como “Cotas não, sim educação” e seguravam faixas, algumas com erros de grafia e de português, como “contra a deficiêcia [sic] educacional” ou “Cotas devia [sic] ser por renda”.

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Um aluno de 16 anos, bolsista de uma escola particular de Brasília, afirmava: “Se tem gente da minha sala que não consegue escrever nem uma redação, imagina como é na escola pública”. Ele defendeu que a escola particular deveria ser “opção” e não “a única forma de se ter educação decente”.

Outro manifestante dizia que a qualidade da UnB (Universidade de Brasília) vai diminuir com as cotas. “A UnB vive de pesquisa, da contribuição de quem estuda lá. Se piorar a qualidade dos alunos, vai piorar a qualidade da universidade.”

Entenda a aprovação das Cotas

Pelo projeto, metade das vagas para cotistas será destinada a estudantes de escola pública com renda familiar igual ou inferior a 1,5 salário mínimo por pessoa. A outra metade será preenchida por alunos da rede pública, independentemente da renda familiar, seguindo critérios raciais. Estudantes autodeclarados negros, pardos e indígenas terão cotas proporcionais ao número desse grupo de pessoas que vivem no Estado onde está localizada a universidade, com base em dados do mais recente censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Agências

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